Bem-vindos ao blog do curso de Letras da Faccat

Informação, interação e diálogo: são esses os motivos da criação deste blog. Aqui, os alunos de Letras da Faccat ficam informados dos últimos acontecimentos do curso: é um espaço para ver e ser visto!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Textos das alunas Vanessa Schneider e Micheli Braz

Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT
Literatura Infanto-Juvenil
Acadêmicas: Micheli Macedo Braz – Pedagogia
                      Vanessa Karini Schneider – Letras

Comparação entre “Alice no país das maravilhas” e “Reinações de Narizinho”

Desde o título, ambas as obras nos remetem à fantasia. O que não pode ser feito no real, na fantasia é permitido criar à vontade. Tanto Alice quanto Narizinho buscam a quebra da monotonia com uma aventura que se dá através do encontro com dois animais, o peixe e o coelho, que conduzem ambas a outro mundo.

Enquanto Narizinho se envolve com a magia que encontra no novo mundo, Alice questiona o tempo todo, usando sempre a razão, como se sua consciência a chamasse para retornar à realidade.
Em  “Alice no país das maravilhas”, a Rainha faz o papel de destruidora dos sonhos, das ilusões. Já em “Reinações de Narizinho”, é a Carochinha que tenta deixar as coisas como sempre foram, sem muita magia. Nesse ponto da obra lobatiana, também se percebe a crítica feita às produções literárias destinadas ao público infantil, que eram histórias “emboloradas”.

Nas duas histórias, há elementos mágicos. Narizinho passa a conhecer as pílulas de Dr. Caramujo, as quais são a solução para tudo, inclusive para Emília, que começa a falar após ingerir uma delas. Alice, por sua vez, encontra no país das maravilhas elementos que a fazem crescer ou diminuir de tamanho.

Percebemos também que a água presente nas duas histórias nos remete à emoção, no caso de Alice. Já para Narizinho a água representa vida nova, pois ao cair no Reino das Águas Claras, ela se depara com um mundo totalmente novo.

As obras tratam de um certo amadurecimento, uma vez que  tanto Narizinho quanto Alice fazem a passagem da infância para adolescência. A primeira amadurece, mas mantém a alma infantil; já a segunda, a cada questionamento desenvolve mais maturidade.

Carroll e Lobato estruturam suas obras em sonhos, pois neles podemos ser e
fazer o que quisermos, sem nos preocuparmos com certo e errado, pode e não pode, apenas deixar a imaginação fluir. No entanto, Lobato optou por modificar o final original de sua história: o Reino das Águas Claras deixa de ser um sonho, aproximando ainda mais ficção e realidade.

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