Bem-vindos ao blog do curso de Letras da Faccat

Informação, interação e diálogo: são esses os motivos da criação deste blog. Aqui, os alunos de Letras da Faccat ficam informados dos últimos acontecimentos do curso: é um espaço para ver e ser visto!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Divulgação de Seminário: "O LADO B DOS CONTOS DE FADAS - UMA ANÁLISE DE HISTÓRIAS NÃO TÃO FAMOSAS"

Seminário: O Lado B dos Contos de Fadas:
                      Uma análise de histórias não tão famosas
.

Promoção 
Reinações: Confraria da Leitura de textos infanto-juvenis e Associação de Amigos da Biblioteca Lucilia Minssen .
 
Data:  29 de abril – Sala A2B2 – 2ª andar da Casa de Cultura Mario Quintana.
 
Programa:


9h30min:  A importância dos contos de fadas na formação do leitor infantil Palestrante: Elaine Maritza da Silveira, especialista em LIJ e editora.
Mediação: Liza Caldeira, professora.

10h: Contação de história: Rosinaura Barros, professora e contadora de histórias

10h30min: O lado B de Andersen Palestrantes: Caio Riter, professor, escritor, doutor em Literatura.
Mediação: Rodrigo Barcellos, estudante

14h: O lado B dos Irmãos Grimm Palestrantes: Marô Barbieri, escritora e presidente da AGES.
Mediação: Jacira Fagundes, escritora

15h30min: Contação de história: Claudio Levitan, músico e escritor.

16h: O lado B de Charles Perrault Palestrantes: Christian David, escritor.
Mediação: Zilá Mesquita, professora.
 
Aos participantes será concedido certificado de participação de 10h.
 
Para inscrições até o dia 17/04/2001, o investimento é de 30,00 (trinta reais) após essa data, terão o valor de 40,00 (quarenta reais)
Reservas e inscrições na Biblioteca ( rua dos Andradas 736 – 5ª andar da Casa de Cultura Mario Quintana)  ou através de depósito bancário na conta da  Associação Amigos da Biblioteca Lucilia Minssen : Banrisul – Agencia 0839 – conta nº 41.852295.0-0
 
Apoio: Secretaria de Estado da Cultura e Casa de Cultura Mario Quintana.
9h: Credenciamento

quarta-feira, 2 de março de 2011

AGENDA DO CURSO DE LETRAS - 2011/1

AGENDA LETRAS 2011/1

Nome do Curso: A Produção Midiática em Sala de Aula
Ministrante: Profa. Luciane Maria Wagner Raupp
Público-alvo: Acadêmicos de Letras e de Pedagogia. Professores de Língua Portuguesa. Professores das séries iniciais. Interessados em trabalhar com filmes, anúncios, análise de imagens, blogs educacionais.
Datas: 8, 15, 29 de abril e 6 de maio
Carga Horária:  16h/a
Horário: 13h30min às 16h30min
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$ 30,00

Período de inscrições: até 7 de abril
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Monteiro Lobato: prazer em conhecê-lo!
Ministrantes: Profa. Luciane Maria Wagner Raupp
Público-alvo: graduandos de Letras e Pedagogia. Professores de Língua Portuguesa. Professores das séries iniciais.
Datas:  20, 27 de maio e 03 de junho
Carga Horária: 12 h/a
Horário: 13h30min às 16h30min
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$25,00
Período de inscrições: até  19 de maio
Local de inscrições: www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Análise sintática interna: teoria e prática
Ministrante: Profa. Vera Helena Dentee de Mello
Público-alvo: Acadêmicos do curso de Letras e interessados em aprofundar conhecimentos para concursos.
Datas: 6, 13, 20 e 27 de maio
Carga Horária: 16h/a
Horário: das 19h30min às 22h30min
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$ 15,00 para acadêmicos da Faccat; R$50,00 para demais interessados
Período de inscrições: até 5 de maio
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras








Nome do Curso: Italiano – nível 1
Ministrante: Profa. Luciana Pilatti Telles (FACCAT)
Público-alvo: Acadêmicos da FACCAT e comunidade em geral.
Datas: de 22 de março a 05 de julho, às terças-feiras
Carga Horária: 60h/a
Horário: das 19h30 às 22h30.
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$ 300,00. Pagamento em 3x.
Período de inscrições: até 20 de março
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Conhecendo os sons da língua: atividades de alfabetização
Ministrante: Profa. Luciana Pilatti Telles (FACCAT)
Público-alvo: Acadêmicos dos cursos de Letras, Pedagogia e Normal Superior e professores das séries iniciais e/ou de educação infantil.
Datas: 06, 13, 20 e 27 de junho
Carga Horária: 16 h/a
Horário: das 19h30 às 22h30.
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$ 30,00
Período de inscrições: até 03 de junho
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Vampiros – Pré-Pós Crepúsculo
Ministrante: Prof. Luiz F. Haiml
Público-alvo: Acadêmicos do curso de Letras e interessados em geral
Datas: 31/05, 07/06, 14/06 e 21/06
Carga Horária: 16h/a
Horário: das 19h30min às 22h30min
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$25,00
Período de inscrições: até 30/05
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras

Nome do Curso: Antes de Pegar a Estrada – Encontrando a Geração Beat
Ministrante: Prof. Luiz F. Haiml
Público-alvo: Acadêmicos do curso de Letras e interessados em geral
Datas: 17/05
Carga Horária: 4h/a
Horário: das 19h30min às 22h30min
Local: Campus da Faccat
Investimento: Gratuito
Período de inscrições: até 16/05
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Edgar A. Poe – Além do Texto
Ministrante: Prof. Luiz F. Haiml
Público-alvo: Acadêmicos do curso de Letras e interessados em geral
Datas: 2, 9, 16, 23 e 30/4
Carga Horária: 24h/a
Horário: das 8h30min às 12h
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$30,00
Período de inscrições: até 1º de abril
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras



Viagem de estudos: Rio de Janeiro
XIV Bienal do Livro (de 1º a 11 de setembro), Biblioteca Nacional, Arcos da Lapa, Jardim Botânico. Visita panorâmica: Arpoador, Pão de Açúcar, o Cristo Redentor (Corcovado), praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, estádio do Maracanã, Sambódromo e Catedral Metropolitana.
Organização: Coordenação do curso de Letras e representantes dos alunos do curso
Público-alvo: Acadêmicos do curso de Letras e do Pós-Graduação em Letras.
Datas: 1º a 4 de setembro
Carga Horária: 40h
Investimento: 6x de R$ 160,00 (passagem aérea, hotel; outras despesas a combinar)
Período de inscrições: até 30 de março de 2011
Vagas: 30
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Viagem de Estudos: FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty 2011 – 6 a 10 de julho - Rio de Janeiro
Datas da viagem: 8 a 10 de julho
Organização:
Coordenação do Curso de Letras e representantes dos alunos do curso
Interessados entrar em contato com a coordenação do curso de Letras pelo e-mail
letras@faccat.br
Vagas: 10  

Nome do evento: III Seminário Brasileiro de Literatura e História: cinema, história, literatura
Público-alvo: Acadêmicos, professores e interessados em cinema, história e literatura
Datas: 21 a 27 de maio
Carga Horária: 20h/a
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$20,00
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site http://www.faccat.br/
Inscrição para apresentação de trabalhos: até 30/4. Consultar o site www.faccat.br
Promoção: Cursos de História e de Letras
Mais informações: Consultar o site da Faccat  http://www.faccat.br/ Agenda 2011/1


Nome do Curso: Atualização em Língua Portuguesa: Pontuação
Ministrante: Prof. Juliana Strecker
Público-alvo: Interessados em aprofundar conhecimentos em Língua Portuguesa
Datas: 9 e 16 de abril
Carga Horária: 16h/a
Horário: das 8h30min às 11h30min; das 13 às 15h.
Local: Campus da Faccat
Investimento: Acadêmicos da Faccat - Gratuito; demais interessados R$30,00.
Período de inscrições: até 8 de abril
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras

Nome do Curso: Atualização em Língua Portuguesa: Acentuação
Ministrante: Prof. Juliana Strecker
Público-alvo: Interessados em aprofundar conhecimentos em Língua Portuguesa
Datas: 7 e 14 de maio
Carga Horária: 8h/a
Horário: das 8h30min às 11h30min.
Local: Campus da Faccat
Investimento: Acadêmicos da Faccat - Gratuito; demais interessados R$20,00.
Período de inscrições: até 6 de maio
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras


Nome do Curso: Atualização em Língua Portuguesa: Regência e crase
Ministrante: Prof. Juliana Strecker
Público-alvo: Interessados em aprofundar conhecimentos em Língua Portuguesa
Datas: 11 de junho
Carga Horária: 8h/a
Horário: das 8h30min às 11h30min; das 13h às 15h
Local: Campus da Faccat
Investimento: Acadêmicos da Faccat - Gratuito; demais interessados R$20,00.
Período de inscrições: até 10 de junho
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras

Nome do Curso: Mitologia e Literatura: mitos literários do ocidente
Ministrante: Prof. Dr. Demétrio Alves Paz
Público-alvo: acadêmicos do curso de Letras e interessados em mitologia
Datas: 14 e 21 de maio.
Carga Horária: 16h/a
Horário: das 8h30min às 11h30min; das 13h às 15h
Local: Campus da Faccat
Investimento: R$20,00.
Período de inscrições: até 12 de maio.
Local de inscrições: Protocolo ou pelo site www.faccat.br
Promoção: Curso de Letras

terça-feira, 1 de março de 2011

Roteiro elaborado na disciplina de Metodologia do Ensino da Literatura em 2010/2

O roteiro a seguir foi elaborado pelo acadêmico Agostinho Scherer, na disciplina de Metodologia do Ensino de Literatura,  que foi ministrada pela Prof.a. Juliana Strecker, em 2010/2.



PLANO DE AÇÃO  - ENSINO MÉDIO:
ROMANTISMO


AGOSTINHO SCHERER

1 MOMENTO HISTÓRICO DO ROMANTISMO


            Os alunos muito provavelmente não têm conhecimento de nomes importantes e significativos do nosso país no século XIX, ou talvez já tenham ouvido falar mas não são capazes de relacionar o nome ou a figura ao momento e contexto históricos. A ação inicial tem por objetivo mostrar algumas figuras importantes do nosso país naquela época, tais como: Dom João VI (família real), Dom Pedro I (Independência),  Dom Pedro II (Segundo Reinado), Princesa Isabel (abolição da escravatura). Também é necessário mostrar outros elementos, como algo do que se produzia no país na época. Para tanto, serão usadas imagens de cana de açúcar, café e minério (ouro). É necessário também apresentar a realidade da escravidão, o que será feito igualmente através de gravuras de escravos executando seu trabalho. Por último, mas não menos importante, serão apresentadas algumas gravuras que representem guerras, ou revoluções, ilustrando aquelas que ocorreram ao longo do século XIX, como a Guerra do Paraguai (1865-1870), Questão com o Uruguai (1863-1864), Guerra contra Rosas (1850-1852).
            Os alunos serão convidados a montarem um mural com todas as figuras relativas ao Romantismo. O professor ajudará a identificar os personagens e relacioná-los entre si, da mesma forma com as outras gravuras. Os alunos serão estimulados a buscarem as principais diferenças entre o momento atual e a época estudada. Diferenças essas como: presidente X imperador-rei-etc., indústrias X produção agrícola (café, cana de açúcar, etc.), entre outras. A construção desse panorama ajudará na compreensão do texto trabalhado a seguir, ao passo que a motivação também auxiliará na construção de faces da sociedade brasileira nessa segunda metade do século XIX.

 2 MOTIVAÇÃO


            Será colada no quadro uma imagem de José de Alencar. De um dos lados do quadro serão colocadas imagens de objetos de uso masculino, sendo alguns atuais e outros que faziam parte da realidade do Romantismo. O mesmo será feito no outro lado do quadro, porém com objetos de uso feminino.
            Sugestão de objetos masculinos atuais: tênis, boné, carro, video game, celular, etc. Sugestão de objetos masculinos do século XIX, muito presentes em textos românticos: charuto, bengala, terno, chapéu, botas, etc.
            Sugestão de objetos femininos atuais: secador de cabelo, calça jeans, baby look, carro, etc. Sugestão de objetos femininos do século XIX, muito presentes em textos românticos: leque, sombrinha, vestidos característicos da época, carruagem, etc.
            Os objetos estarão separados de acordo com o gênero, mas misturados entre si. O objetivo é fazer com que os alunos separem as figuras de acordo com a época, aproximando, dessa forma, a classe com a realidade da época em que acontece a narrativa que irão ler.


3 PRÉ-LEITURA

-         Na sua opinião, quais são ou quais podem ser as principais diferenças entre a nossa sociedade atual e essa sociedade do século XIX, considerando os objetos que vimos no quadro?
-         Esse homem da foto no quadro (José de Alencar), vocês o conhecem? (Apresentar) Já leram ou ouviram falar de algum livro que ele tenha escrito? Qual?
-         Olhando para os objetos, sobretudo os femininos, que fazem alusão à época de Alencar, qual o meio social que você imagina que ele irá retratar na obra que leremos?
-         E quanto à língua, como vocês imaginam que era o português usado por Alencar em seus livros? O que ele pode ter de diferente?
            Após essa motivação inicial e pré-leitura é que os alunos começarão a leitura. Em uma aula, posterior, em que será continuado o trabalho, as imagens novamente voltarão ao quadro, já ordenadas como os alunos haviam deixado. A obra escolhida para o trabalho em prosa foi “A Pata da Gazela”, de José de Alencar.


4 QUESTÕES


1. Através da leitura percebe-se que a narrativa ocorre em um meio urbano, no Rio de Janeiro do século XIX. Como é esse ambiente descrito pelo autor? É como você imaginava que fosse? Por quê?

2. O século XIX teve vários movimentos literários, ou seja, quem escrevia seguia certas tendências, seja no modo de escrever, seja nos ambientes das narrativas, seja nos tipos de personagem, enfim, algo assemelhado com as tendências de moda e os estilistas hoje em dia, tendo a produção de roupas como exemplo. “A Pata da Gazela seguiu tendências de um movimento chamado Romantismo. Consideremos os dois personagens masculinos, Horácio e Leopoldo. Qual deles você acha que melhor retrata a ideia de romantismo na época? Por quê?

3. Horácio, descrito pelo autor como um “leão” da Rua do Ouvidor, pode ser comparado com qual personagem das histórias clássicas, como as fábulas? O que os assemelha?

4. A figura do pé e do sapato femininos não são novidade na literatura. Você lembra de outra história que fizesse uso dessas figuras? Qual? Há mais alguma semelhança entre essas histórias além do pé e do sapato?

5. O Romantismo, já mencionado na questão 2, foi um movimento que teve temas/situações bem marcantes, como o amor levado ao extremo, superando a razão, causando dor e sofrimento, por exemplo. Identifique na obra lida elementos que representem tal situação ou tipo de sentimento.

6. O título da obra é uma metáfora. Explique-a, relacionando o título a elementos do enredo.

7. É notório o fato de que Alencar efetua uma comparação, ainda que sutilmente, entre Horácio e Leopoldo (não-romantismo x romantismo). Sobre essa comparação é correto afirmar que:

a) Leopoldo não é uma figura simpática ao autor, por ser triste e melancólico.
b) Alencar valoriza e exalta apenas Horácio, a figura do “Leão da Rua do Ouvidor”.
c) A vacuidade da vida de Horácio é ironizada por Alencar, que visa valorizar os atributos de um heroi romântico, Leopoldo. 
d) É tido pelo autor como mais intenso o amor de Horácio porque ele tomou a iniciativa primeiro.

* vacuidade: qualidade daquilo que é vazio.

8. O narrador da obra é personagem ou observador? Justifique.

9. Faça uma comparação entre o casamento da época da obra lida com o de hoje.

10. O que havia no amor de Leopoldo que fez com que Amélia o preferisse em lugar de Horácio, que era seu noivo? Esse pode ser considerado um amor tipicamente romântico (ver questão 5, que fala sobre o amor romântico característico dessa época)? Por quê?

11. Já sabemos que Leopoldo é o “heroi” romântico da narrativa. Como ele é descrito pelo autor? Você considera que hoje existem pessoas que pensam/agem como ele?

12. E quanto às mulheres, são elas hoje como eram na época da narrativa? O que há de diferente? E de comum? Faça uma comparação entre a mulher de hoje e a mulher do Romantismo.

13. Se você pudesse substituir um dos personagens da história, qual deles você seria? Por quê?

14. Você se considera uma pessoa romântica? Em caso afirmativo, diga se o “seu romantismo se assemelha com aquele descrito no livro. Em caso negativo, diga o que você pensa sobre atitudes românticas.


15. Na sua opinião, o que é ser romântico? Você já se deparou com esse tipo de sentimento em algum outro livro que tenha lido, ou em alguma outra forma de texto, como músicas, por exemplo?

16. Como o autor descreve a personagem Amélia? Cite não apenas aspectos físicos.

17. Compare o modo como os rapazes da época do livro (Horácio e Leopoldo, por exemplo) tratavam o sexo oposto com o comportamento e tratamento que os rapazes de hoje têm para com as mulheres.

18. Baseado na leitura responda: qual das alternativas abaixo não faz parte da realidade social da época retratada pelo livro?

a) Casamentos “arranjados”, em que a opinião da noiva não era considerada.
b) O Rio de Janeiro era uma cidade composta basicamente pela alta sociedade, com pouquíssimos pobres.
c) O teatro era um dos grandes locais/eventos sociais usados para reunir as “altas rodas” sociais da cidade.
d) Na época, as famílias mais ricas possuíam escravos.

 5 PROPOSTAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL


1. A máquina do tempo é um sonho do homem já há bastante tempo. Contudo, até hoje ninguém conseguiu viajar através dos anos, seja para o passado ou para o futuro. No entanto, você agora terá a chance de trazer pessoas do passado para os dias de hoje. Sim, fará isso através da escrita, criando um conto que tenha como personagens os quatro jovens da história de Alencar que lemos: Amélia, Laura, Horácio e Leopoldo. Você não precisa criar novas características para os personagens, pode usar as mesmas que Alencar usou, mas não esqueça de mencioná-las no seu texto, afinal, nem todos os seus leitores chegaram a ler A Pata da Gazela. Lembre-se também que a trama do seu conto deve ocorrer nos dias de hoje. Procure produzir o conto o mais assemelhado possível com as tendências do Romantismo que encontramos durante o trabalho sobre o livro.

2. Ser co-autor de uma obra de José de Alencar deve ser algo realmente glorioso. Pois bem, você terá agora essa chance. Você foi escolhido entre centenas de bons escritores para reescrever o último capítulo do livro A Pata da Gazela. A intenção é que você altere os fatos, mudando totalmente o final da história. Sinta-se à vontade para criar o final que desejar, mas não esqueça de ser coerente com os fatos anteriores da narrativa. Não crie novos personagens, apenas crie um novo desfecho com os personagens de Alencar.

3. Esqueça o telefone celular, a internet, a televisão, os carros, as roupas coloridas, etc. Você agora está indo para o século XIX, mais precisamente para o Rio de Janeiro. Como você é um expert em co-autorias, resolvemos dar-lhe a chance de não apenas reescrever parte de uma obra de Alencar, mas de também fazer parte dela como personagem. Sua missão é reescrever o último capítulo da história lida, porém agora você deverá aparecer como elemento surpresa no texto, ou seja, você mesmo estará pisando lá pelas bandas do Ouvidor. Você será um personagem (que tenha relevância na narrativa) que fará parte de um novo desfecho para o texto de A Pata da Gazela, de José de Alencar.


6 TEXTO POÉTICO – MOTIVAÇÃO


            Na motivação do texto poético será usado um poema, que se tornou canção através de seu autor, Renato Russo. A música é Monte Castelo, largamente conhecida após a sua gravação pela banda Legião Urbana, da qual Russo era líder. Segue o poema/canção:




Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.



            Os versos da canção serão recortados um a um e distribuídos aos alunos na chegada, podendo cada aluno receber mais de um verso, dependendo do tamanho da turma. Os alunos serão convidados a montar um poema com os versos recebidos. É possível que alguns conheçam a música (foi lançada no fim dos anos 80), mas nem todos têm conhecimento da canção e talvez até tenham, mas como os versos estarão separados pode ser que nem mesmo se dêem conta. Considerando esse fato, após a montagem do poema será reproduzida a música, para que sejam feitas as correções da ordem dos versos, se necessário. Uma vez estruturado o poema, serão dirigidas algumas perguntas à classe.


7 PRÉ-LEITURA


-         De que tipo de amor a música trata?
-         Vocês já sentiram algo parecido?
-         E para vocês, o que é o amor?
-         É possível alguém sofrer tanto por esse sentimento, a ponto desse sofrimento causar danos físicos?
-         Vocês sabiam que há cento e tantos anos atrás existiram pessoas que levaram o amor tão a sério que chegavam a adoecer por causa dele? Já ouviram falar de algum nome? (Apresentar alguns nomes, de preferência Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves, que serão trabalhados)
-         (Mostrar fotos) Vocês acham que o amor de que essas pessoas falaram diz respeito apenas ao sentimento entre homem e mulher, ou envolvem outros aspectos também, como saudade de um lugar, de um hábito, de um momento que já não volta, por exemplo?


            Nesse momento é distribuído o poema Canção do Exílio para a leitura.


8 ABORDAGEM DE CANÇÃO DO EXÍLIO, DE GONÇALVES DIAS – 1ª GERAÇÃO ROMÂNTICA


Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

QUESTÕES


1. Existe uma estrofe da canção que é lembrada parcialmente no Hino Nacional Brasileiro. Que estrofe é essa?

2. O poeta compara a natureza de sua terra natal com a natureza que ele encontra na terra do exílio. Contudo, a distância, e principalmente a saudade fazem-nos criar imagens bastante exageradas da sua terra (“Nosso céu tem mais estrelas/Nossos bosques têm mais vida”, etc). Dito isso, faça o que se pede a seguir:
a) Identifique um advérbio que é repetido insistentemente e que marca essa distância.
b) Transcreva um verso em que o poeta expresse claramente a saudade e desejo de regressar à terra natal.

3. O poema apresenta diversos elementos da natureza da terra natal. Dentre esses elementos há dois que se pode destacar por terem se tornado símbolos da pátria distante. Quais são eles?

4. O verso “Nosso céu tem mais estrelas” está no poema não apenas para indicar quantidade de corpos celestes. O que mais ele pode nos dizer? Justifique.

5. O poeta Gonçalves Dias é uma daquelas pessoas que conhecemos antes de lermos o poema. Ele também tinha sentimentos extremos, como o amor. Onde podemos encontrar vestígios desse sentimento no poema? Qual o objeto do amor do eu-lírico? Como podemos perceber que esse é um sentimento realmente forte e intenso? Justifique.

6. O poeta sentia saudades de muitas coisas aqui da sua pátria, sobretudo no âmbito da natureza. E se fosse esse poema escrito hoje, do que você acha que o poeta sentiria saudades, se fosse exilado? Por quê?

7. E se você fosse exilado hoje, sentiria saudades da pátria como o poeta? De que você sentiria falta? Em caso negativo, diga o porquê da ausência de saudade.

8. Como vimos e ouvimos na canção antes da leitura, havia um refrão. Ou seja, versos repetidos que estão assim organizados para transmitir com mais eficácia o objetivo do eu-lírico. Isso acontece também com o poema de Gonçalves de Magalhães? Se a resposta for afirmativa, transcreva os versos que atuam no poema como um “refrão”.

9. Uma das características comuns de um poema é a musicalidade, ou o ritmo. Esses elementos podem ser observados nesse poema que lemos? É possível identificar ritmo nos versos lidos? Dê exemplos de versos que possam ilustrar a sua resposta.

10. Como você imagina que era o Brasil no século XIX? O que havia de diferente? O que havia de comum? Você acha que os brasileiros mudaram tanto quanto as cidades brasileiras?

11. O poeta está sentindo tristeza? Onde está escrito que ele está triste? Há outros elementos que nos permitem chegar a essa conclusão?

12. Você já visitou outros países? Em caso afirmativo cite exemplos de aspectos que os diferenciem do nosso Brasil. Diga também se você sentiu saudades do país natal e se você acha que o Brasil possui mais predicados, como apontou Gonçalves Dias. Se a resposta for negativa, ou seja, se você nunca saiu do Brasil, diga como você imagina outros países, seus povos, além de dizer se os julga mais “completos” do que o Brasil ou não, enfim, se aqui há ou não há mais estrelas, mais amores e mais vida.
























ABORDAGEM DE SONETO*, DE ÁLVARES DE AZEVEDO – 2ª GERAÇÃO ROMÂNTICA


Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando
Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

*Lira dos vinte anos

QUESTÕES


1. A descrição da mulher muda ao longo do texto, provavelmente por se tratar de um sonho. Retire elementos dessa descrição nas duas primeiras estrofes.

2. As imagens diferentes com relação à mulher expressam algum tipo de contradição? Justifique.

3. Mesmo sendo a mulher apenas um sonho, o eu-lírico expressa certa timidez diante dela. Transcreva o verso em que o poeta expressa esse sentimento.

4. Esses homens que conhecemos na atividade antes da leitura criavam imagens perfeitas de muitas coisas, chamadas de idealizações, sobretudo no que diz respeito a mulheres. Eram eles capazes de criar uma representação da perfeição feminina aos olhos dos poetas e também dos leitores. Retire do poema alguns elementos (expressões, palavras) que consigam transmitir essa ideia de perfeição, de quase adoração à essa perfeição da mulher.

5. No poema não aparece a palavra amor. Mesmo assim, podemos dizer que é um texto que fala de amor? Como considera que o amor é tratado por Álvares de Azevedo?

6. Esse poema foi escrito inspirado em algumas tendências (como a moda, hoje em dia). Essas tendências são chamadas de Romantismo que, entre outras coisas, sugere o amor como tema central, a expressão intensa de sentimentos, o emocionalismo e o subjetivismo levados ao extremo, em um movimento quase irracional, além da degradação física causada por todos esses excessos. Relacionando essas ideias com o poema lido, aponte qual das alternativas abaixo não faz parte dessa relação:
a) Sofrimento.
b) Amor platônico.
c) Fantasia.
d) Frieza.

7. É correto afirmar que o poema trata também de frustração amorosa? Comprove sua resposta com pelo menos um verso do soneto.

8. Compare a forma como o amor era encarado pelos poetas românticos, como Álvares de Azevedo, e como é encarado hoje em dia.

9. Você considera que o fato de o amor não ser mais tratado com aquela intensidade dos poetas românticos hoje em dia aponta para uma desvalorização ou banalização desse sentimento? Por quê?
10. Vamos exemplificar a idealização, ato muito comum no Romantismo. Imagine alguém do sexo oposto que lhe pareça perfeito em todos os sentidos. Feito isso, descreva abaixo essa pessoa, usando intensidade nessa descrição, fazendo os demais colegas crerem que, de fato, essa pessoa é realmente um retrato da maior perfeição que há.


9 ABORDAGEM DE ADORMECIDA (fragmento), DE CASTRO ALVES – 3ª GERAÇÃO ROMÂNTICA


Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço no tapete rente.
´Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom da auras,
Iam na face trêmulos —- beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...

QUESTÕES

1. A idealização da mulher é traço marcante das tendências que estavam em voga (“na moda” entre os escritores/poetas e leitores) nessa época do século XIX me que foi escrito o poema. A mulher era praticamente “endeusada”, era vista aos olhos apaixonados de poetas como representação da perfeição. Retire do poema elementos que indiquem essa idealização da mulher.
2. A situação descrita pelo poeta faz parte do presente ou do passado? Justifique com um verso do poema.
3. Considerando a resposta da questão anterior, o que pode indicar o tempo verbal da situação descrita  pelo poeta? Justifique.
4. Castro Alves é um dos poetas mais expressivos, mais intensos de sua geração. Comprove essa intensidade de sentimentos com elementos do poema.
5. A expressão “a flor fugia” não está no poema apenas se referindo a um vegetal escapista. Ela pode nos dizer muito mais do que isso. Explique o que pode significar essa expressão, justificando coerentemente.
6. Pode-se dizer que o poema possui certo grau de erotismo, ainda que singelo? Por quê?
7. Qual das alternativas a seguir não cabe em relação ao poema de Castro Alves?
a) Natureza.
b) Amor sensual.
c) Pessimismo.
d) Idealização da mulher.

8. Você considera que esse poema é romântico? Para você, o que é ser romântico?
9. Na prosa trabalhamos com um enredo que acontecia em um meio urbano. Aqui, neste poema, temos a presença de um meio interiorano. Qual dos dois você considera um melhor pano de fundo para as características já estudadas, e que fazem parte de um movimento chamado Romantismo? Justifique.
10. O amor é tema recorrente de praticamente todas as épocas na literatura. Contudo, os textos que estudamos abordam o amor de uma forma um pouco diferente. Sintetize as principais características desse amor romântico, baseado não só neste poema, mas também no texto em prosa trabalhado.

10 INTERTEXTUALIDADE

            A relação intertextual foi buscada através da música já usada na motivação dos poemas, Monte Castelo, de Renato Russo. Sobre a relação entre a música e o Romantismo, segue a seguinte proposta:
1. Identifique na música elementos comuns com os poemas estudados, como ritmo (musicalidade), temática, abordagem dessa temática, o modo de expressão de sentimentos, etc.
2. Se tivéssemos que classificar a música trabalhada em algum estilo literário, como o fazemos com textos em geral, qual seria esse estilo? Por quê?
3. O que há de semelhante e o que há de diferente na forma como os poetas do Romantismo tratam do amor e como esse sentimento é tratado na canção?
4. Suponha que essa canção ainda não tenha sido gravada, ou seja, ninguém a conhece. Você precisa convencer alguém de que esse poema (sim, poema, ainda não havia se tornado música) é um texto pertencente à época do Romantismo. Que argumentos você utilizaria, baseando-se nos textos já estudados?
5. Existem vários outros textos em que a expressão de sentimentos e a forma de tratamento dada ao amor se aproximem das características românticas já visualizadas nos textos estudados. Procure pelo menos mais duas canções que expressem sentimentos e representem o amor da mesma forma como isso é feito no estilo romântico estudado. Quais são as semelhanças entre as canções? E as diferenças? Elas falam do mesmo tipo de amor?


11 PROPOSTAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL

1. O segundo poema que trabalhamos, cujo autor é Álvares de Azevedo, é um soneto. Como sabemos, o soneto é um tipo de poema que é composto por quatro estrofes, sendo as duas primeiras compostas por quatro versos e as duas últimas compostas por três versos. Vamos agora relacionar dois poemas que trabalhamos: Canção do Exílio e o Soneto, de Azevedo. Como isso se dará? Bem, você deve compor um soneto usando o mesmo tema de Gonçalves Dias, autor de Canção do Exílio. Ou seja, imagine que você está exilado, longe do Brasil há vários anos, e agora, com saudade, vai escrever um soneto em homenagem ao seu país. Não esqueça da quantidade de versos e estrofes do soneto.
2. Trabalhamos com um fragmento, ou seja, com uma parte de um poema escrito por Castro Alves, tendo como título Adormecida. Trata-se de um poema muito romântico, que se passa em um ambiente mais interiorano. Sua missão é dar continuidade ao fragmento do poema de Alves, concluindo-o. Não crie outros personagens, mas mantenha o ritmo, o ambiente e o clima romântico criado pelo eu-lírico. Produza pelo menos mais três estrofes.
3. Quando trabalhamos a intertextualidade, momento em que foi apresentada a música Monte Castelo, houve uma questão em que você usou outras canções do seu gosto para exemplificar o estilo e as características românticas. Pois bem, agora você deve escolher uma dessas músicas que você sugeriu, produzindo uma paródia do poema/letra da música. Nessa produção você não precisa necessariamente escrever um poema romântico, mas não esqueça de combinar o máximo possível dos seus versos com os versos da música escolhida.