Bem-vindos ao blog do curso de Letras da Faccat

Informação, interação e diálogo: são esses os motivos da criação deste blog. Aqui, os alunos de Letras da Faccat ficam informados dos últimos acontecimentos do curso: é um espaço para ver e ser visto!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

E vem aí... ENCERRAMENTO DO PROJETO LER... 2011

Encerramento do Projeto Ler...

            No dia 06 de dezembro, das 13h30min às 16h30min, acontecerá, na Faccat, o evento de encerramento das atividades do Projeto Ler...  em 2011. Esse evento tem como objetivo a promoção do gosto pela leitura, por meio da integração entre alunos e professores de diferentes espaços escolares, que participarão de oficinas e de atividades diferenciadas a partir das temáticas desenvolvidas nos três fascículos de 2011 – homenagem a Moacyr Scliar, culturas brasileiras e poemas de diversos autores. Neste ano, contaremos com a participação de 1027 alunos, acompanhados por seus respectivos professores, de escolas dos municípios de Taquara, Rolante, Riozinho, Igrejinha, Parobé, Santo Antônio da Patrulha, Tramandaí, São Francisco de Paula, Três Coroas, Araricá, Nova Hartz, Gramado e Canela.
            Na solenidade de abertura, contaremos com a presença da escritora Léia Cassol, que apresentará suas “Histórias cantadas”. Dando sequência, teremos a apresentação do Coral AABB Encanto, de Santo Antônio da Patrulha. A dupla Ruan e Felipe, de Taquara, prosseguirá com as apresentações. Para encerrar este primeiro momento de apresentações, a professora Márcia Gomes Lisboa, de Tramandaí, coordenará o recital “A mochila de Camila”.
            Após as apresentações, às 15h, haverá a pausa para o lanche, acompanhado de apresentações musicais. Em seguida, às 15h30min, terão início as oficinas ministradas por professores dos municípios envolvidos e por alunos e professores da Faccat,

Nº da
oficina
Título
Oficineiros /Município responsável
1

Oficina: Teatro e alegria
Diogo Pietro Henemann  - Rolante
2

Cultura gaúcha
Carla Daniela Assis – Taquara
3
Nos bastidores do Ler: camarim com personagens do sítio e super-heróis

Carine Setti – Três Coroas
4
Contação de histórias:
As aventuras de Joãozinho

Projeto “Incentivadores de Leitura” – Santo Antônio da Patrulha
5
Gatos e Ratos da escola Municipal Bertholdo Optizz

Fernanda Medeiros - Canela
6
Brincadeiras folclóricas:  escravos-de-Jó, amarelinha, elástico, entre outras
Eduardo Henrique de Souza
Cleunice Reis Canal
Karina Bueno Cortelette
Mara Rejane Mikan Gerhardt
Catiane Suelen Novello
Michele Fátima Kich da Silva – Araricá
7
Hora do Conto:
A descoberta da Joaninha
O Reino das Borboletas Brancas

Geórgia Patrícia da Silva – Parobé
8
Hora do conto:
Menina Bonita do Laço de fita
O caso do bolinho
Fernanda Araújo – Parobé
9



Dobrando e desdobrando com o Natal (dobraduras)
Rosângela Guimarães e Scheila Vidal Tramandaí

10

Contadores de histórias: contos de Natal

I
sabel Floriano – Tramandaí
11
Oficina de violão

Guto Machado – Tramandaí
12
De cara na história: contação de histórias – produção de máscaras, “pinta caras”, etc.
Nandiara Jungton e Julita Pretto – Riozinho
13
Trabalhando o folclore com jogos
Luciana Ferreira – Riozinho
14

Seja seu próprio personagem: cabelo, maquiagem, fotografia, fantasia...

Acadêmicos do curso de Letras da Faccat – FACCAT

15
Histórias cantadas

Leia Cassol - Faccat



16
Sarau: Culturas Brasileiras
Viviane Lorenz e Cristiane Becker Igrejinha
17
Oficina: Xilogravura

Sônia Alvedina dos Santos Rocha Rolante
18
Hip Hop

Airton Ademir Schirmer -Taquara
19
Coral de violões  (Músicas dos fascículos)
“Projeto Tocando a Vida”

Giselda dos Santos Pinto - São Francisco de Paula
20
Uma pelada com Moacyr Scliar: vídeos sobre expressões futebolísticas e seus respectivos significados

Adriana Petry - Três Coroas
21
Tribos Urbanas Fashion Day  (Camarim)

Projeto Incentivadores de Leitura - Santo Antônio da Patrulha
22

Seja seu próprio personagem: cabelo, maquiagem, fotografia, fantasia...

Acadêmicos do curso de Letras da Faccat  – FACCAT




           

Texto do acadêmico Tiago Mossmann para a disciplina Literatura Portuguesa I neste semestre

A carta de amor e a confissão
                                                                                                          
Tiago Roberto Mossmann[1]

Alívio em um momento, ódio em outro, desabafo e clausura simultaneamente. Ideias opostas e exageradas demonstram o espírito barroco da obra “Cartas Portuguesas”, de Mariana Alcoforado. Por meio de cinco cartas a um cavaleiro francês, com o qual a freira Mariana teve um relacionamento, percebem-se as mágoas, a culpa, o rancor. Apesar de tudo isso, há um resquício de esperança de que o romance possa um dia dar certo.
No decorrer da obra, observamos que a freira teve relacionamento não convencional de quem usa o hábito, pois, nos encontros com seu amado francês, conseguimos perceber que os dois tiveram relações sexuais. Dessa atitude, o sofrimento fica presente apenas para mulher, que vê em relação ao comportamento e às respostas a suas cartas apenas indiferença por parte de seu amado. À Mariana, restaram a clausura e os seus pesares.
Segundo Rector, a maioria das mulheres “[...] sempre foram representadas como seres humanos passivos, manipulados pela vontade do homem; seu destino era a loucura, a morte ou o hábito religioso” (1999, p.15). Mariana vivenciou bem a situação descrita por Rector, pois foi um joguete na mão do amado e sua alternativa de vida foi o convento. Isso sem contar as repressões que certamente ela poderia ter nesse ambiente, caso fosse descoberto o seu romance. A descoberta do romance poderia ter ocorrido através da confissão exposta nas cartas. Então, até que ponto essa confissão trouxe liberdade ou clausura à Mariana? Esse aspecto será o principal ponto a ser analisado neste trabalho.
Em um primeiro momento, a confissão de Mariana sobre seu amor parece uma forma de alívio. Todavia, a confissão também serve para reforçar a relação de poder que o outro pode exercer sobre alguém, uma vez que o outro punirá ou perdoará esse alguém independente da vontade desse último, como postula Foucault:

A confissão é um ritual de discurso onde o sujeito que fala coincide com o sujeito do enunciado; é, também, um ritual que se desenrola numa relação de poder, pois não se confessa sem a presença ao menos virtual de um parceiro, que não é simplesmente o interlocutor, mas a instância que requer a confissão, impõe-na, avalia e intervém para julgar, punir, perdoar, consolar, reconciliar (FOUCALT, 1984, p.61).

A sociedade ocidental é extremamente confessional. “Confessa-se – ou se é forçado a confessar” (idem, p.59). Desde a Idade Média, a confissão passou um papel muito forte para tentar se produzir a “esperada verdade”. Os tribunais da Inquisição utilizaram-se da confissão como uma das formas para manter o poderio da Igreja.
Bem ou mal, a partir disso, “[...]a confissão passou a ser, no ocidente, uma das técnicas mais altamente valorizada para produzir a verdade” (idem), podemos perceber o reflexo que isso tem na Literatura através dos tempos, sobretudo na poesia atual, que é bastante confessional.

O homem, no ocidente, tornou-se um animal confidente. Daí, sem dúvida, a metamorfose na literatura: de um prazer de contar e ouvir, dantes centrado na narrativa heróica ou maravilhosa das “provas” de bravura ou de santidade, passou-se a uma literatura ordenada em função da tarefa infinita de buscar, no fundo de si mesmo, entre as palavras, uma verdade que a própria forma de confissão acena como sendo inaccessível (Ibidem).

Sem a confissão do amor de Mariana, as “Cartas portuguesas” não existiriam. Baseando-nos na citação mencionada anteriormente, podemos dizer que Mariana busca uma verdade através da confissão de seu amor. Essa verdade serve ora para aliviá-la, quando critica seu amado, ora para aprisioná-la a ele, pois a própria crítica por instantes alimenta o sentimento que a faz prisioneira do cavaleiro francês. Portanto, carta de amor e confissão estão intimamente ligadas. Diante dessas duas atitudes, brotam diversos outros sentimentos profundamente humanos e, como tais, contraditórios: paixão, ódio, mágoa.

Referências

Foucault, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

Rector, Mônica. Mulher: objecto e sujeito da Literatura Portuguesa, Universidade Fernando Pessoa, 1999.


[1] Acadêmico do Curso de Letras das Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT. Realizou o trabalho em questão para a disciplina de Literatura Portuguesa I, sob a orientação da Professora Luciane Wagner Raupp.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Texto da acadêmica Bruna Cristina Lampert, escrito na disciplina Literatura Portuguesa I neste semestre

CARTAS PORTUGUESAS: A INCONSTÂNCIA DO SENTIMENTO
Bruna Cristina Lampert1
[...] gosto bem mais de ser desgraçada amando-te do que gostaria de nunca te ter visto!
Mariana Alcoforado
     Na compilação das “Cartas Portuguesas”, remetidas por sóror Mariana Alcoforado, nota-se a intensa utilização de figuras de linguagem, principalmente, as hipérboles, que primam pelo exagero e o engrandecimento da ideia; e os paradoxos, que consistem no emprego de pensamentos opostos.
     A arte hiperbólica, característica do período literário denominado Barroco, está presente na descrição dos sentimentos que contribuem para a perda da razão e dos sentidos: “Eu não sei nem o que sou, nem o que faço, nem o que desejo: encontro-me dilacerada por mil movimentos contrários. Poder-se-á imaginar estado tão deplorável?” (ALCOFORADO, 2010, p. 35).
     A utilização de paradoxos denuncia a inconstância dos sentimentos e pensamentos de Mariana: “[...] olho sem cessar o teu retrato, que me é mil vezes mais caro do que a vida. É ele que me dá alguma alegria; mas provoca-me também um grande sofrimento, quando penso que talvez nunca mais te volte a ver.” (p. 29) Nessa citação, nota-se que, ao mesmo tempo, a imagem do amado provoca sentimentos bons e ruins, felicidade e sofrimento.
     As cartas tornam-se contraditórias porque assim são as próprias emoções. Na segunda correspondência, Mariana suplica: “Tem compaixão de mim” (p. 29) e, mais adiante, já na terceira carta, desmente o que disse anteriormente: “Não sei por que te escrevo. Bem vejo que nada mais terás por mim do que compaixão – e essa não a quero!” (p. 36)
     Massaud Moisés descreve a dualidade existente na obra: 
        [...] de um lado, o anseio de esquecer definitivamente o perjuro, dado não merecer mais que desprezo e indiferença – é o aspecto racional; de outro, a súplica que nasce do mais fundo de si própria, visceral, para que ele volte ou ao menos escreva, a fim de permanecerem os tormentos agridoces provocados por sua lembrança ao mesmo tempo desejada e odiada – é o aspecto sentimental, carnal. (2001, p. 90) 
     Douglas Tufano explica que a arte barroca compreende atitudes contraditórias do artista em face do mundo, da vida, dos sentimentos e de si mesmo (1990, p. 213). Na obra, essas contradições são demonstradas através da razão versus a emoção, no que diz respeito à experiência amorosa de uma freira enclausurada, ação totalmente contrária aos princípios da Igreja e da sociedade portuguesa, por consequência. Outro dualismo é o amor versus a dor, já que, durante a permanência do Marquês de Chamilly em Portugal, Mariana viveu intensamente sua paixão e, após a partida do oficial, a religiosa entregou-se ao sofrimento e, por diversas vezes, preferiu a morte à dor.
     O ato de escrever é, como a própria emissora admite, uma forma de ter o amado mais próximo: “Parece-me que te estou a falar quando te escrevo e que tu me estás um pouco mais presente.” (2010, p. 54) e encontrar conforto: “Eu escrevo mais para mim do que para ti, e aquilo que procuro é consolar-me.” (p. 56)
     Em “Mulher: objecto e sujeito da Literatura Portuguesa”, de Monica Rector, lê-se: “[...] a maioria das mulheres até o presente século foram representadas (sic) como seres humanos passivos, manipulados pela vontade do homem; seu destino era a loucura, a morte ou o hábito religioso. A única saída ‘feliz’ era o casamento.” (1999, p. 15)
     Primeiramente, Mariana dedicou sua vida à religião e, mais tarde, à paixão não-correspondida, que desencadeou grandes sofrimentos pela ausência, indiferença e ingratidão do marquês. A religiosa reconhece que se desviou do comportamento esperado pela sociedade patriarcal, entretanto, não demonstra arrependimento:  
        Enfureço-me contra mim própria quando penso em tudo quanto ter sacrifiquei: perdi a minha reputação, expus-me ao furor dos meus parentes, à severidade das leis deste país contra as religiosas e à tua ingratidão, que me parece maior de todas as desgraças.
        No entanto, sei bem que os meus remorsos não são verdadeiros e que, do fundo do coração, desejaria ter corrido por ti perigos ainda maiores. (2010, p. 36-37)  
     O conteúdo das cartas é um misto de paixão, raiva, saudade e submissão. Apesar de perceber que Chamilly não continuou se correspondendo com ela propositadamente, Alcoforado não consegue desejar-lhe mal ou que sinta o mesmo que ela e, quando o faz, pede perdão por seus pensamentos ou imagina que a realização da desgraça poderia trazer-lhe ainda mais sofrimento: 
        Amo-te perdidamente e respeito-te o bastante para não ousar talvez desejar que sejas atingido pelos mesmos arrebatamentos. Matar-me-ia, ou morreria de dor sem me matar, se soubesse que não tinhas descanso, que na tua vida mais não há que perturbação e agitação de toda a sorte, que choras sem cessar e que tudo te desgosta. Se já não posso remediar os meus males, como poderia suportar a dor que me dariam os teus e que me seriam mil vezes mais dolorosos? (p. 36) 
     Na última carta, a emissora despede-se do marquês e ordena que não a contate nunca mais, pois deseja esquecê-lo. Essa decisão, no entanto, não diminui sua coita, pelo contrário: “Estou convencida de que teria experimentado sensações menos desagradáveis amando-o, ingrato, embora, como é, do que deixando-o para sempre.” (p. 61)
     Ao longo das cartas, nota-se reiteradamente, pelo uso de interjeições ou de adjetivos (“Ai de mim”, “A sua pobre Mariana”, “Infeliz que sou”), o sentimento de autopiedade. Esse recurso tem a intenção de comover o destinatário, entretanto, não é o que ocorre na obra em questão, uma vez que o marquês permanece indiferente ao sofrimento de Mariana.
     Apesar de integrar outro período literário, “Cartas Portuguesas”  apresenta resquícios do Trovadorismo. A intenção e o conteúdo das cantigas de amigo e de amor são facilmente identificáveis, uma vez que as primeiras são caracterizadas pelo eu-lírico feminino, lamento pela ausência do “amigo” (distanciamento geográfico), linguagem simples e repetição vocabular e as cantigas de amor expressam sentimentos mais intensos, embora idealizados.
     Assim como as cantigas de amigo, especula-se que as cartas possam ter sido (re)escritas por um homem, maquiando a intensidade e a veracidade dos sentimentos femininos e reforçando a submissão de Mariana ao Marquês de Chamilly. 

REFERÊNCIAS
ALCOFORADO, Mariana. Cartas Portuguesas. Porto Alegre: L&PM, 2010.
MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. 31. ed. São Paulo: Cultrix, 2001.
RECTOR, Monica. Mulher: objecto e sujeito da Literatura Portuguesa.
TUFANO, Douglas. Estudos de Língua e Literatura. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1990.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fotos - sessão de autógrafos de "A sinistra casa da Vovó Sinistra" na feira do livro de Porto Alegre


O sorriso da menina lendo o autógrafo valeu por tudo!

A professora Berenice, do curso de Pedagogia, prestigiando a colega "escritora"...


Detalhe: a fonte de inspiração, literalmente, atrás da autora.

Luciane com Camila Doval, colega de Oficina, escritora  muito talentosa!







segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D de Drummond

Hoje, dia 31 de outubro, seria o aniversário de Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira/MG em 1902. Assim como se comemora o Bloomsday, em 16 de junho, em homenagem a James Joyce, há a iniciativa, por parte do Instituto Moreira Salles, de se instituir o Dia D de Drummond.  Mais detalhes encontramos na página oficial da iniciativa, que é http://diadrummond.ims.uol.com.br/#oquee.
Além desses detalhes, na página encontram-se vídeos interessantes sobre o poeta, como a leitura de "A procura da poesia" feita por Lygia Fagundes Telles.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Melhores alunos leem por prazer

Fonte: http://www.livrosepessoas.com/2011/10/25/melhores-alunos-leem-por-prazer/

    A quantidade de tempo dedicado à leitura como lazer na infância e adolescência tende a formar leitores e implica em reflexos na vida adulta. Um estudo da Organização para a Coope­­ração e o Desenvolvimento Eco­­nômico (OCDE) aponta que os melhores leitores leem mais por estarem motivados a isso e, consequentemente, desenvolvem mais o vocabulário e a capacidade de compreensão. Na pesquisa, o Brasil aparece junto às nações com os menores índices de leitura entre alunos na faixa dos 15 anos.
  
  A publicação Education at a Glance (Educação de Relance, em português) cruzou notas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2009 e dados sobre a quantidade de horas por semana que alunos de vários países afirmaram dedicar à leitura sem obrigação escolar. Os leitores que se saíram melhor na avaliação afirmaram ler ficção. Contudo, a leitura de outros materiais, como revistas, jornais e livros de não ficção também ajuda a fazer da leitura um hábito, especialmente entre leitores mais “fracos” ou iniciantes.

  Com exceção dos gibis – em alguns países, crianças que afirmaram ler essas publicações tiveram nota inferior do que aqueles que disseram não lê-las –, revistas, livros e jornais contribuem positivamente com a performance de leitura dos estudantes. Segundo o estudo, o motivo da ressalva poderia estar ligada ao fato de leitores “fracos” considerarem os gibis uma leitura mais acessível.
   
   Para o educador Júlio Röcker Neto, vice-presidente da editora Ahom Educação, não há nada de mal em uma criança ler gibis e revistas adequados à sua idade, mas não se pode deixar de apresentar a ela outros tipos de leitura, como narrativas ou poesias. Ele reforça a importância da leitura para o desempenho escolar. “Exames nacionais e mundiais comprovam que o entendimento dos enunciados das questões é determinante para o sucesso do aluno em uma avaliação.”

Professores

Apenas 19% dos estudantes entre 14 e 17 anos dizem ler livros que não foram pedidos na escola. O índice cai para 10% na faixa de 11 e 13 anos. Os números fazem parte de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Pró-Livro e o Ibope. A falta de interesse pelos livros pode ser reflexo do mau uso do material nas escolas. Para a professora de Metodologia de Ensino da Literatura Infantil Elisa Dalla Bona, os professores erram quando usam a leitura unicamente como pretexto para ensinar ou alfabetizar.
“Quando o professor trabalha o texto com perguntas medíocres, o que chama de interpretação, parte do pressuposto que o aluno não tem capacidade de interagir com o texto. Isso deixa a criança insegura. O resultado é que crianças leem porque o professor mandou, e não por prazer”, diz Elisa.

Claudio André Gonçalves, 16 anos, vai na contramão quando o assunto é leitura como passatempo. Mesmo estudando para o vestibular, não fica sem ler pelo menos 1h30 por dia. “Quan­­do o professor pede para ler livro ninguém quer. Preferem resumos. Os alunos deveriam ser estimulados a ler sem obrigação. Se é para ler porque vale nota, aí fica chato.”

De acordo com Eliege Pepler, mestre em Estudos Literários e professora do Colégio Media­­neira, a forma de encarar a leitura também precisa mudar. “Leitura não é dom, gosto ou hábito. Demanda concentração, isolamento, participação ativa e reflexiva. É como em um exercício físico, quanto mais cedo é estimulada e quanto mais se pratica, melhor a capacidade de leitura.”

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Conexão 2011


O Curso de Letras sauda os estudantes do Ensino Médio de uma forma descontraída no seu estande.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Trabalhos de alunos de Letras selecionados para a Mostra Científica e para o Salão de Pesquisa e Graduação


Trabalhos selecionados para Mostra de Iniciação Científica
Dia 8/10/2011 - Manhã, das 8h às 12h

1 Título: Polifonia: as vozes do outro no discurso
Autor:
Alessandro Jean Loro
Orientadora: Vera Lúcia Winter
Apresentação: Oral

2 Título: O diabo no "redemunho" de Grande sertão: veredas
Autor:
Bruno Mazolini de Barros
Orientadora: Luciane Maria Wagner Raupp
Apresentação: Oral

3 Título: A mulher pelos olhos de Clarice Lispector e Hilda Hilst
Autora: Carolina Müller
Orientadora: Ana Paula Maggioni
Apresentação: Oral

4 Título: Análise comparativa das personagens Raquel e Aurélia, Marcos e Seixas, e os relacionamentos  amorosos de Raquel e Marcos, Aurélia e Seixas
Autores:
Josiani da Silva Pospichil e Julio Cesar Schwan
Orientadora: Luciane Maria Wagner Raupp
Apresentação: Oral

5 Título: Mito e identidade gauchesca: as representações do gaúcho em letras de canções regionalistas dos Irmãos Bertussi
Autora:
Marivane Pereira Klippel
Orientadora: Luciane Wagner Raupp
Apresentação: Oral

6 Título: Igualdade feminina: a evolução que não aconteceu
Autora:
Mirian Cristina Souza de Moraes
Orientadora: Vera Lúcia Winter
Apresentação: Oral
 
7 Título: Machado e Maupassant: a presença do “discurso dos mortos” na literatura de ambos
Autor: Tiago Roberto Mossmann
Orientadora: Liane Filomena Muller
Apresentação: Oral

8 Título: Lucíola X Cabeleira: Maria, José, o dragão da maldade e o anjo redentor
Autoras:
Zuleika da Silva Iung e Carmem Adriana Fillmann
Orientadora: Márcia Schild Kieling
Apresentação: Oral

9 Título: Analista de Bagé: a figura do gaúcho como representação de traços identitários do homem sulino
Autora: Simone da Silva Reis
Orientadora: Luciane Maria Wagner Raupp
Apresentação: Oral
Apresentação de pôsteres de todos os cursos
Dia 5/10/2011 - Quarta-feira
Das 20h45min às 21h15min

Título: Os operadores argumentativos: recursos fundamentais no direcionamento argumentativo do gênero artigo de opinião
Autora:
Cassiani dos Santos
Orientadora: Vera Lúcia Winter
Apresentação: Pôster

Título: O retrato da hipocrisia humana nos contos do autor Dalton Trevisan
Autora:
Paula Cristiane Morais
Orientadora: Juliana Strecker
Apresentação: Pôster


Salão de Pesquisa e Pós-Graduação
Dia 7/10/2011 - Sexta-feira
Pós-Graduação Educação e Letras
Comunicação Oral – das 19h30min às 22h30min


Título: Propaganda: a didatização de um gênero por meio da sequência didática
Autora:
Kelly Barbosa e Terezinha Conradt
Orientadoras: Daiana Campani de Castilhos e Juliana Alles de Camargo de Souza
Apresentação: Oral

Título: Modificadores ou modalizadores: os advérbios extrafrásicos na enunciação
Autora:
Kelly Barbosa
Orientadora: Terezinha Marlene Lopes Teixeira
Apresentação: Oral

Título: Um olhar sobre o emprego da dêixis em produções escolares
Autora: Luciane dos Santos
Orientadora: Vera Lúcia Winter
Apresentação: Oral

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Texto de ZH de sábado - Para pensar... e escrever.

Para ampliar, basta clicar sobre o texto.

Nicole Siebel, aluna do curso de Letras, tem conto publicado em antologia


Capa da obra


A aluna Nicole Siebel, com o pseudônimo de Nina Bathory, publicou um conto na antologia "Histórias envenenadas", da editora Andross ((http://www.andross.com.br/), que teve como temática releitura de contos de fadas, adaptando-os para "Contos de fadas de terror".  A obra é assim descrita pela editora:

Livro Histórias Envenenadas - Contos de Fadas de TerrorConhecemos contos de fadas como histórias cheias de magia e fantasia que costumamos contar para crianças. O que muitos não sabem é que eles foram concebidos como entretenimento para adultos e que, em sua forma original, traziam fortes doses de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Com o tempo, diversos autores os suavizaram e acrescentaram lições de moral.
Em Histórias Envenenadas, escritores contemporâneos resgataram todo o horror dos contos de fadas originais em releituras de histórias tradicionais ou novos enredos, que não farão nenhuma criança dormir, mas certamente farão você perder o sono.

Os professores parabenizam Nicole, desejando que seja este o início feliz de uma longa e bem sucedida trajetória no mundo da escrita ficcional.

Para maiores detalhes, acesse o blog da autora: http://meigaemalefica.blogspot.com/p/livro.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Divulgação de evento da área de Letras

 
I CONGRESSO INTERNACIONAL DO GRUPO DE PESQUISA “LEITURA E LITERATURA NA ESCOLA”: JUVENTUDE E LETRAMENTO LITERÁRIO

19 a 21/09/2011


PROGRAMAÇÃO

19/09 (segunda-feira)

MANHÃ
8h - Credenciamento
8h30 – Abertura do evento
João Luís Ceccantini – UNESP/Assis
9h – Conferência:
Título: “20 anos de história: o Grupo de Pesquisa ‘Leitura e Literatura na Escola’”
Carlos Erivany Fantinati – UNESP/Assis

TARDE
13h30 – Mesa Redonda:
“Juventude e fomento à leitura literária”
Elizabeth D’Angelo Serra – FNLIJ (RJ)
Maria Aparecida Paiva – UFMG/CEALE – PNBE
Silvia Castrillón - Associação Colombiana de Leitura e Escrita (ASOLECTURA)

16h-18h - Simpósios (As comunicações inscritas deverão atender a um dos temas selecionados pela Comissão Científica):

1. Práticas de leitura na escola
2. Letramento fora da escola & ciberespaço
3. Narrativas juvenis
4. Texto verbal e não-verbal
5. Livros e leitores iniciantes

NOITE
19h30 – Conferência: Blanca-Ana Roig Rechou (USC-Espanha)

20/09 (terça-feira)

MANHÃ
9h – Mesa-redonda:
“Literatura juvenil: um gênero em questão”
Eliana Yunes – PUCRS/ Cátedra de Leitura da UNESCO
Vera Teixeira de Aguiar – PUCRS
Maria do Rosário Longo Mortatti – UNESP/Marília

TARDE
13h30 – Mesa redonda:
“O livro juvenil para além da academia”:
Ricardo Azevedo – escritor, ilustrador e editor
Maria Dolores Prades – editora
Juliana Loyola – PUC-SP

16h – 18h – Minicursos (primeira parte)
1. Dra. Neuza Ceciliato (UEL/UENP-CRELIT): “Literatura Infantil: práticas na sala de aula”.
2. Dr. José Batista de Sales (UFMS): “Poema narrativo na literatura infanto-juvenil”.
3. Dr. Benedito Antunes (UNESP-Assis): “Introdução à leitura literária”.
4. Dr. Paulo César Andrade da Silva (UNESP-Assis) e Dra. Norma Domingos (UNESP-Assis): “O texto poético na sala de aula”.
5. Dra. Luciane de Paula (UNESP-Assis): “A leitura da literatura na perspectiva da análise do discurso”.
6. Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP/CRELIT): “Letramento Literário e Ensino de Literatura”.
7. Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM/CELE): “Literatura Infanto-Juvenil no Ciberespaço: o blog como mediador de leitura”.
8. Dr. Juvenal Zancheta Júnior (UNESP-Assis): “Juventude e mídias contemporâneas”.
9. Dr. Aroldo José Abreu Pinto (UNEMAT): “Leitura da Literatura Juvenil: temas contemporâneos”.
10. Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM): “Poesia para crianças e jovens”.
11. Dra.  Sonia Aparecida Lopes Benites (UEM) e Me. Maria Iraídes da Silva Barreto (UNEB-Jacobina) "Um sarau literário no semiárido baiano: formação e desenvolvimento de leitores".
12. Dr. Álvaro Santos Simões Júnior (UNESP-Assis): "Escola, literatura e nacionalismo na Primeira República".
13. Dr. Márcio Roberto Pereira (UNESP-Assis): "Espaços de subjetividade e geografias de exclusão nos contos de Mia Couto". 


NOITE
19h30 – Mesa-redonda:
“A produção cultural para jovens: o livro juvenil, outros suportes, outras linguagens”
Marisa Lajolo – UNICAMP/ MACKENZIE
Maria Zaira Turchi – UFG
Miguel Rettenmaier – UPF

21/09 (quarta-feira)

MANHÃ
9h – Mesa-redonda:
“A literatura juvenil na sala de aula”
José Nicolau Gregorin Filho – USP
Vera Maria Tietzmann – UFG
Renata Junqueira de Souza – UNESP/Presidente Prudente

TARDE
14h-18h – Minicursos (segunda parte)
1. Dra. Neuza Ceciliato (UEL/UENP-CRELIT): “Literatura Infantil: práticas na sala de aula”.
2. Dr. José Batista de Sales (UFMS): “Poema narrativo na literatura infanto-juvenil”.
3. Dr. Benedito Antunes (UNESP-Assis): “Introdução à leitura literária”.
4. Dr. Paulo César Andrade da Silva (UNESP-Assis) e Dra. Norma Domingos (UNESP-Assis): “O texto poético na sala de aula”.
5. Dra. Luciane de Paula (UNESP-Assis): “A leitura da literatura na perspectiva da análise do discurso”.
6. Dra. Vanderléia da Silva Oliveira (UENP/CRELIT): “Letramento Literário e Ensino de Literatura”.
7. Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM/CELE): “Literatura Infanto-Juvenil no Ciberespaço: o blog como mediador de leitura”.
8. Dr. Juvenal Zancheta Júnior (UNESP-Assis): “Juventude e mídias contemporâneas”.
9. Dr. Aroldo José Abreu Pinto (UNEMAT): “Leitura da Literatura Juvenil: temas contemporâneos”.
10. Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM): “Poesia para crianças e jovens”.
11. Dra. Sonia Aparecida Lopes Benites (UEM) e Me. Maria Iraídes da Silva Barreto (UNEB-Jacobina) "Um sarau literário no semiárido baiano: formação e desenvolvimento de leitores".
12. Dr. Álvaro Santos Simões Júnior (UNESP-Assis): "Escola, literatura e nacionalismo na Primeira República".
13. Dr. Márcio Roberto Pereira (UNESP-Assis): "Espaços de subjetividade e geografias de exclusão nos contos de Mia Couto". 



18h – Lançamento de Livros e Evento Cultural

NOITE
19h30 – Conferência de Encerramento
José António Gomes (Portugal – IPP)
Interlocução inicial: Luís Camargo


INSCRIÇÕES
SEM COMUNICAÇÃO: 15/08 a 15/09
COM COMUNICAÇÃO: 15/08 a 10/09
  
As comunicações inscritas deverão atender a um dos temas selecionados pela Comissão Científica:

I. Práticas de leitura na escola
II. Letramentos & ciberespaço
III. Narrativas juvenis
IV. Texto verbal e não-verbal
V. Livros e leitores iniciantes

 Valores
Sem comunicação:
Graduandos: R$ 20,00
Pós-graduandos e professores da Educação Básica: R$ 40,00
Professores IES: R$ 100,00

Com comunicação:
Graduandos: R$ 30,00
Pós-graduandos e professores de Educação Básica: R$ 50,00
Professores IES: R$ 120,00

Conta para depósito: Banco SANTANDER Ag. 0092 Tipo da conta: 13 Conta: 002390-9
0092 13 002390-9

Enviar ficha de inscrição e recibo para: congressointerleitura2011@gmail.com


NORMAS

RESUMOS:

O texto do resumo deverá ser apresentado no ato da inscrição, enviando para o e-mail: congressointerleitura2011@gmail.com, acompanhado de ficha de inscrição e comprovante de depósito.

Formatação: Word for Windows, com fonte em Times New Roman, 12, espaço simples, justificado, margens de 3cm, sem parágrafo nem referências bibliográficas.

Título: Em negrito, caixa alta, centralizado.

Nome: Na segunda linha abaixo do título, disposto à direita, segue o nome do participante, seu grau de formação (G – Graduação; PG – Pós-Graduação), instituição (sigla), grupo de pesquisa (sigla) e, no caso de bolsista, agência de fomento (sigla). Se o autor for discente, mencionar, na linha logo abaixo de seu nome, o nome do orientador e instituição (a indicação do GP é opcional).

Texto: após os nomes, deixar um espaço e iniciar o texto com ênfase em: temática, objetivos, procedimentos metodológicos, aporte teórico e resultados alcançados/previstos.

Extensão: de 300 a 500 palavras.

Palavras-chave: de três a cinco expressões, separadas por ponto.

O RESUMO DEVE SER ENVIADO EM ANEXO.


ARTIGOS:
O artigo deverá ser apresentado na seguinte configuração:
a) Formatação: margens com 3,0 cm. Mínimo de 10 e o máximo de 20 páginas em Times New Roman 12, para o texto corrido, e 10 para as citações longas e notas de rodapé, com espaço de entrelinhas de 1,5 cm (exceto nas citações longas, notas de rodapé, referências e resumo, que deverão ser em espaço simples).

b) Alinhamento: justificado, com parágrafo recuado a 2,5 cm da margem esquerda (a 4 cm da margem esquerda para as citações longas, com mais de 3 linhas).

c) Título: caixa alta, negrito, centralizado.

d) Subtítulos: numerados, em negrito, alinhados à esquerda.

e) As notas de rodapé devem estar numeradas e necessariamente ao pé da(s) página(s).

f) As referências citadas no texto deverão aparecer no final do artigo em ordem alfabética de sobrenome de autor, atendendo aos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

g) Estrutura: título, resumo, palavras-chave, corpo do texto, referências bibliográficas.


ENVIAR ARTIGO NO E-MAIL: http://gpleituraliteraturanaescola.blogspot.com/ ATÉ 30/09/2011.

APRESENTAÇÃO: de 15 a 20 minutos (a definir).





COMISSÃO ORGANIZADORA


ORGANIZAÇÃO GERAL
Dr. João Luis Ceccantini (UNESP-Assis)
Dr. Carlos E. Fantinati (UNESP-Assis)
Dra. Vera Teixeira Aguiar (PUC-RS)     
Dra. Alice Áurea Penteado Martha (UEM)
Dr. Benedito Antunes (UNESP-Assis)

COMISSÃO DE TRABALHO
Dr. Thiago A. Valente (UENP-CP)
Dra. Eliane A. Galvão Ribeiro Ferreira (FEMA/UNESP-Assis)
Me. Berta Lúcia Tagliari Feba (Faculdade de Presidente Prudente) 
Dra. Alice Atsuko Matsuda (UTFPR-Curitiba) 
Dr. Fernando Teixeira Luíz (Faculdade de Presidente Prudente) 

Escritório de Pesquisa UNESP
Secretarias dos Deptos. de Literatura e Linguística da UNESP-Assis
Centro de Pesquisa em Letras (CEPEL) UENP