Bem-vindos ao blog do curso de Letras da Faccat

Informação, interação e diálogo: são esses os motivos da criação deste blog. Aqui, os alunos de Letras da Faccat ficam informados dos últimos acontecimentos do curso: é um espaço para ver e ser visto!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

XIII Concurso Literário Faccat- Jornal panorama

Convidamos a todos para participarem do XIII Concurso Literário Faccat- Jornal panorama, que tem como tema "As nossas escolhas".
Os inscritos poderão participar nas modalidades conto, crônica e poema.
A inscrição dos interessados deverá ser feita até o dia 23 de agosto de 2014.
Abaixo, o link para acessar o regulamento do concurso.

http://www2.faccat.br/portal/?q=node%2F1982

2º Fascículo do Projeto Ler...

Estão abertas as inscrições do Projeto Ler...2014, fascículo II, que tem como tema "Água". 
Lembramos que a nova proposta do projeto destina-se a professores de todas as áreas do ensino fundamental.
O 1º encontro ocorrerá no dia 14/08, das 13h30min às 16h30min e o 2º encontro no dia 16/08, das 8h30min às 11h30min. 
Abaixo, o link para efetuar a inscrição.

https://saga.faccat.br/p477/index.php?chave=3810
Pessoal!
Estão abertas as inscrições para os cursos de extensão: 

Curso: O articulador "mas" e seus sentidos: ler a língua e o sujeito por entre três teorias
Datas: 22 e 29 de agosto de 2014
Inscrições: até 26 de agosto de 2014
Horário: Das 19h30min às 22h
Local: Campus da FACCAT
Investimento: R$ 20,00.
Conteúdos Programáticos: Três concepções de língua e de sujeito que surgiram no interior de teorias que trabalham com o texto e com o discurso - Linguística Textual, a Teoria da Enunciação e a Análise de Discurso Pecheutiana.

Link para Inscrição: https://saga.faccat.br/p477/index.php?chave=3868
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Curso: Interdiscursividade: História, Literatura e Cinema
Datas: 19, 26 de setembro, 3 de outubro de 2014
Inscrições: até 16 de setembro de 2014
Horário: Das 19h30min às 22h
Local: Campus da FACCAT
Investimento: R$ 20,00.
Conteúdos Programáticos:
1.Imaginação social e o cinema.
2.Real e Ficção. O historiador como testemunha ocular e o filme como fonte.
3.Discurso literário e discurso cinematográfico.
4.Confluências entre os discursos da História, da Literatura e do Cinema.

Link para Inscrição: https://saga.faccat.br/p477/index.php?chave=3873
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Curso: Entre o protesto e a prostituição, o corpo em discurso na contemporaneidade
Datas: 27 de setembro e 4 de outubro de 2014
Inscrições: até 23 de setembro de 2014
Horário: Das 8h30min às 11h30min
Local: Campus da FACCAT
Investimento: R$ 20,00.
Conteúdos Programáticos:
• Leitura sobre o corpo na prostituição masculina e nos movimentos feministas de protesto.
• Relação entre noções como corpo, língua, sujeito, contradição e resistência em três áreas de estudos bastante interligadas: a Linguística, a Psicanálise e a Antropologia.

Link para Inscrição: https://saga.faccat.br/p477/index.php?chave=3869

terça-feira, 1 de julho de 2014

Leituras obrigatórias - 2014/2 - Literatura Sul-Rio-Grandense

Segue a lista de leituras obrigatórias da disciplina de Literatura Sul-Rio-Grandense para o semestre 2014/2:
"Contos gauchescos" - Simões Lopes Neto
"Porteira Fechada" - Cyro Martins
"Os ratos" - Dyonélio Machado
"Música ao longe", "Olhai os lírios do campo", "Incidente em Antares" e "O Continente I" - Erico Verissimo
“A ferro e fogo I – tempo de solidão”, de Josué Guimarães
“Videiras de Cristal” e "Concerto campestre" – Luiz Antônio de Assis Brasil
"O exército de um homem só" - Moacyr Scliar
"Morangos mofados" - Caio F. Abreu
"Valsa para Bruno Stein" - Charles Kiefer
"A rua dos cataventos", "Sapato florido": Mario Quintana

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ordem das comunicações - II Seminário de Língua e Literatura, em homenagem aos 10 anos do Projeto Ler...

RELAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES –  II SEMINÁRIO DE LÍNGUA E DE LITERATURA

03/10 – QUINTA-FEIRA

15h – Trabalhos estritamente relacionados ao projeto Ler...

15h- Comunicadora: Ezoléte da Conceição Rhodes da Silva – Escola Calixto Eulálio Letci (Taquara).
Trabalho: Arte de ler a vida

15h10min: Comunicadora: Vanessa da Silva Marcon
Trabalho: Ler é um prazer, com muito terror

15h 20min – Comunicadora: Scheila Gnoatto Stumm
Trabalho: O encantamento das fábulas em sala de aula

15h30min – Comunicadoras: Cíntia Romaica de Lima e Maria Paulina Arias Tarasiuk
Trabalho: Lendo eu vou me preparando para o mercado de trabalho.

15h40min – Comunicadora: Greice Franciele da Costa Rogério
Trabalho: Com bolacha Maria é mais divertido aprender

19h30min – Trabalhos de Língua e Literatura

19h30min: Comunicadora: Renata Faria Amaro da Silva
Trabalho: O gênero carta em discurso: uma experiência enunciativa de ensino da Língua Portuguesa.

19h45min: Comunicadora:  Pâmela Nataline Camacho
Trabalho: A construção do sentido em textos humorísticos

20h: Comunicadora: Tamiris Machado Gonçalves
Trabalho: O trabalho com os gêneros discursivos em sala de aula

20h15min: Comunicadores: Agostinho Scherer, Karine Fagundes e Simone Andréa Homem
Trabalho: Abordagem de Lima Barreto no livro ‘Ser Protagonista’.

20h30min: Comunicadores: Dieila dos Santos, Leandro Lui, Lílian Kézia do Amaral
Trabalho: Análise de livros didáticos relativos ao período pré-modernista

20h45min: Comunicadoras: Lucivera Naloski Dreschler, Daniela Strassburger, Sandra Cachoeira
Trabalho: Análise da biografia de Euclides da Cunha segundo um livro didático

21h: Comunicadora: Ligia Feller
Trabalho: Análise das personagens João Benévolo e Noel do romance ‘Caminhos cruzados’

21h15min: Comunicador: Agostinho Scherer
Trabalho: O romance ‘Crepúsculo’: possíveis incoerências no enredo?

21h30min: Comunicadoras: Amanda Vargas, Josiani da Silva Pospichil, Luciane Salete da Silva, Rossana Vargas
Trabalho: Amor e repressão em ‘Amar não acaba’, de Frederico Lourenço

21h45min: Comunicadoras: Dieila dos Santos e Lílian Kézia Amaral
Trabalho: ‘Os cus de Judas’, de António Lobo Antunes: um olhar sobre a relação opressor e  oprimido

22h: Comunicadora: Nicole Carina Siebel
Trabalho: As principais dificuldades de produção textual de alunos ingressantes na Faccat

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Resenha escrita pelos acadêmicos Iago Möller e Vanessa Schneider - "Cartas Portuguesas" - Literatura Portuguesa I - Profª Luciane Raupp

As Cartas Portuguesas, de Mariana Alcoforado
Por Iago Möller e Vanessa Schneider

            Uma obra bem explorada não vem de mera minuciosa leitura. Aliás, uso aqui a palavra “explorar” de forma proposital e bem intencionada, já que uma obra nunca é escrita na inexistência da vida, da terra e do tempo: para conhecer uma obra com verdadeira profundidade, é preciso conhecer as mãos e a o lugar de onde ela vem. Com “Cartas Portuguesas”, supostamente escritas por Mariana Alcoforado durante o século XVII, não poderia ser diferente.
            Talvez o uso de “supostamente” soe ousado, mas é o que teorizam especialistas: que a freira que narra a história, apesar de realmente ter existido entre 1640 e 1723 e vivido em algum convento português, jamais tenha escrito tais cartas. Em contrapartida, as entrelinhas de tal romance epistolar nos dão um interessante retrato da sociedade portuguesa da época.
            Em resumo, as cinco cartas narram, da perspectiva da freira, o romance exacerbado vivido com um oficial francês, Noel Bouton de Chamilly. Bem, talvez não seja correto colocá-los em um mesmo plano, pois as cartas partem exatamente da distância entre os sentimentos dos dois. Enquanto Mariana vive e sofre de forma intensa tal amor, o oficial não possui sentimentos recíprocos, confessando inclusive possuir uma amante na França em uma de suas respostas. A partir disso, Mariana persegue os sentimentos que a aflingem. Como ela esclarece em uma das cartas, apesar de em certos momentos arrepender-se de seu amor, se diz mais feliz tendo provado desse sentimento do que se jamais o tivesse gozado. O que segue são hipérboles, repetições, contradições e sentimentos afins que vão sendo trabalhados pelo tempo, até o momento em que na quinta e última carta ela dá seu adeus ao amado, tornando explícito o desprezo que passa a sentir pelo mesmo e por si, por tanta ingenuidade em lidar com os seus sentimentos.
Note: é curioso o fato de que, como pouco acontece na história, um nobre e militar tornou-se coadjuvante na história de uma freira. Mais curioso ainda se percebemos que as histórias de guerra de um homem não se tornaram mais importantes que as hipérboles e contradições de uma mulher apaixonada.
Por falar em hipérboles e contradições, ficam claras as características da Escola Barroca Portuguesa na obra. A mais marcante é o constante duelo entre a razão e a emoção. Nessa luta, Mariana se desespera, se contradiz, se confunde. O duelo aqui não é apenas entre a mente e o coração, mas sobre as coisas que vem de seu interior e a cultura a qual estava submetida. Seguindo essa linha de pensamento, é correto também dizer que há duas Marianas presentes no texto: a Mariana freira e, principalmente, a Mariana mulher.
E aí, quando falamos nessa separação das duas Marianas, caímos novamente no papel que a mulher exercia (ou que era obrigada ou educada a exercer) na sociedade da época. Monica Rector, em sua obra “Mulher: objeto e sujeito da Literatura Portuguesa”, defende que a “através dos séculos, a mulher tem sido calada e representada sob a ótica masculina. Essas representações, além de não coincidirem com aquilo que é vivido e sentido pelas mulheres, apontam para um dualismo entre homens e mulheres, cabendo ao feminino os conteúdos ligados à irracionalidade; ao masculino, os que tangem a racionalidade”. Isso nos leva a pensar que a possibilidade das cartas nunca terem sido escritas por Mariana, mas sim pelo escritor francês Gabriel de Guilleragues, não é assim tão absurda uma vez que os papéis de ambos eram bem distintos na sociedade.

Ela diz também que a mulher ideal, pregada pela sociedade sob forte influência dos costumes cristãos (já que Portugal sempre foi um país extremamente católico), acaba por se tornar uma “mulher-deusa”, uma conduta exemplar, uma vida livre de “pecados”... Os destinos para toda e qualquer mulher eram sempre os mesmos: ou a moça casava-se ou virava freira. Na fuga deste padrão, as mulheres desviantes recorriam à prostituição. Tal imagem era tão forte que vários estudiosos garantem em seus estudos que os diários e relatos da época não podem nem mesmo ser usados como “verdades” ou retratos da real vida daquelas mulheres, mas sim do perfil e do estilo de vida que elas deveriam levar.